sexta-feira, 28 de novembro de 2008

28/11/2008 - O mundo mudando o mundano.



Acredito que o que estou vivendo agora é reflexo do que está acontecendo com o mundo e e sua sociedade. A escassez de oportunidades para iniciantes recém formados, o aumento da demanda por profissionais mais qualificados, a busca eterna pelo multifuncionalismo, todas essas coisas são reflexo do que está acontecendo no mundo.

Sheldon Alan "Shel" Silverstein, americano nato, poeta, compositor, músico, cartunista e autor de vários livros infantis. Shel Silverstein criou a palavra TESARAC para descrever aqueles períodos da história onde ocorrem mudanças sociais e culturais significativas. Durante a TESARAC a sociedade se torna cada vez mais confusa e caótica, até conseguir se reorganizar. E enquanto isso não acontece, ninguém é capaz de antecipar, com sensibilidade, consistência e precisão, o que virá depois.

Sem saber o que fazer, a primeira coisa que os empresários fazem é cortar os custos. Com este corte de custos, rodam as cabeças que recebem muito e fazem pouco e ficam os que ganham pouco e fazem muito. A partir disso, entramos no eterno dilema: ser especialista em uma coisa ou ser ótimo em várias. A resposta é simples: OS DOIS.

O mercado está demandando profissionais que são não somente especialistas em um determinado tipo de coisa, mas especialista em vários tipos de coisas. O principal objetivo destas empresas é ter um maior aproveitamento de um funcionário por um preço mais em conta. Pra que ter duas cabeças, dois salários, se eu posso pagar 50% deste valor para um funcionário só?

Com isso, a pressão sobre os resultados per capita aumenta, o que acaba gerando um desconforto para o funcionário, diminuindo a qualidade de vida. Quem ganha com isso tudo são as indústrias de anti-depressivos, empresas de entretenimento, a internet e seus fast-services, e claro, as empresas.

Se há como fugir disso? No meu ponto de vista, não. Antes poderia haver o profissional PATO. O pato nada, corre e voa. Mas o pato nada MAL, corre MAL e voa MAL. Ou seja, o profissional que fazia de tudo um pouquinho "quebra-galho", agora está sendo substituído por profissionais que aguentam a pressão, realizam multi-tarefas em tempo hábil, são capacitados e inovam no ambiente de trabalho apresentando propostas significativas para mudanças em processos que reduzam custos ou aumentem a qualidade ou agilidade dos serviços prestados.

Arrisco bolar uma teoria de que o TESARAC está acontecendo agora é dentro de nós: o iTESARAC. As constantes mudanças na tecnologia, na maneira das pessoas se interagirem, na "virtualização" das coisas, pessoas, tarefas. Todas essas mudanças são ações que causam reações abruptas no nosso eu, deixando nossas vidas caóticas e confusas.

As perguntas estão tendo cada vez menos respostas. As oportunidades ficando escassas. As empresas entrando em crise. Essas incertezas, inseguranças e cobranças por algo que chega a ser inatingível causa uma confusão interna e um caos consigo mesmo. Aquilo que o mundo nos pede, não é o que o mundo nos dá. As exigências de várias empresas pelo super-funcionário é um privilégio para poucos, como uma BMW para um membro da classe C. Tem como ser? Tem sim, mas vai ter que suar muito.

Como já dizia Charles Darwin: "Não são os mais fortes e nem os mais inteligentes de uma espécie que sobrevivem, mas os que adaptam e respondem melhor às mudanças". Eu completaria falando que os mais fortes e inteligentes são exatamente mais bem preparados para se adaptarem e responderem melhor às mudanças. SER a pessoa certa é a grande questão. Se não é a pessoa certa, então trate de virar esta pessoa certa. Qual é a pessoa certa? Temos dicas constantes de "pessoas certas", vindas sem dó nem piedade pela sociedade.

O mundo não está errado, nem está caótico, nem está violento, nem nada disso. O mundo está mudando. Como uma criança passa para a adolescência, que passa para a idade adulta, e então a melhor idade. É o mundo mudando o mundano

(P.s.: Tive que fazer essa reflexão depois de ler isso, com a ajuda disso, disso e com a ajuda também das conversas com pessoas pra lá de especiais que também estão sentindo isso na pele)

28/11/2008 - YES! WE CAN!

17 pessoasque mudaram a internet. Simplesmente isso.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

27/11/2008 - Caos



Ótimo. Eu aqui defendendo a motivação das pessoas. Defendendo a atitude de dar mais instrução parar as pessoas que não tem, proporcionando a elas capacitação para enfrentar desafios do ambiente corporativo. Pregando a aceitação e a compreensão das diferenças entre as pessoas. Trabalhando o lado emocional das pessoas nesse mundo competitivo, desleal e injusto, aí vem um filho da puta, para arregaçar de vez e falar na sua cara que você é um "rejeitado devido aos seus aspectos físicos" e me cria isso aqui. Deve ser parente do animal que criou (e deve estar vendendo muito) isso aqui. Além do que, é exatamente esse publico deste site que criaram. É voda.

Vi a notícia aqui. Trite colegas... é triste.

27/11/2008 - What if...? Why Not? Make it happen.

Sim. Fiz questão de criar marquinhas para o que eu particularmente considero um estilo de vida. Estilo esse adotado por muitos, praticado por poucos. Pode parecer uma bobagem, mas eu particularmente considero estes dois questionamentos extremamente sérios, tanto no ambiente pessoal quanto no ambiente profissional.

Por que resolvi escrever sobre isso? Bom, durante a palestra que fui ontem sobre Interoperability (Microsoft e Novell), foram citadas várias situações em que, por causa destes questionamentos, o mundo deu um passo a frente. O exemplo utilizado foi o do criador do Apple1. A história diz que este homem (que eu não sei o nome), diante da proibição de vender o seu sistema, se questionou "Se eu não posso vender, mas as pessoas precisam disso, por que não DAR?". Então, surgia o Apple1. Tempos depois, veio um outro barbudo e disse "Hey, POR QUE NÃO criar um computador portatil, colorido, cheio de perfumarias para as pessoas poderem usar em casa?". Surgia então o sucesso de vendas Apple 2.

O que tem de interessante nestas e outras várias situações? Eles se perguntaram 'what if...?' e 'why not?'. Simplesmente isso. A partir da resposta que deram a estas perguntas, eles decidiram fazer alguma coisa. Fizeram. Fizeram bem feito e praticamente mudaram nossa forma de interagir com as coisas. Loucos? Com certeza. Sair do padrão é sinônimo de loucura para muitos, mas sinônimo de coragem para outros.

As pessoas reclamam de problemas em processos, falta de capacitação de pessoas, impossibilidade disso, bloqueio de fazer isso e aquilo outro, falta de instrução das pessoas, falta de experiência, falta disso, falta daquilo, chefe que não entende, funcionário que não sabe, etc. Estão sempre reclamando que ninguém faz nada mas elas mesmas são incapazes de fazer o que deveria ser feito, seja por incompetência, por preguiça ou por qualquer outro motivo que 'justifique'.

É aí então que entra a teoria de What if...? e Why not? São atitudes relativamente simples, mas que exigem coragem, determinação e principalmente vontade de fazer. Não basta apenas saber fazer determinado tipo de coisa, afinal, se você souber fazer mas não QUISER fazer, então de nada adianta.

Vamos às situações:

1) Alguns funcionários da sua empresa tem uma deficiência substancial com o uso do Excel. Estes funcionários desconhecem funções que poderiam agilizar e muito os processos, caso soubessem.
WHAT IF...? E se você criasse uma "mini turma" de Excel básico para essas pessoas, que durasse 30 minutos, 3 vezes por semana? Por que não?

2) Seus colegas de trabalho estão reclamando que a empresa não faz mais festa, estão todos desmotivados, tiveram vários dos benefícios cortados e estão inconsoláveis.
WHAT IF...? E se você criasse uma gincana em um sítio de algum amigo, para todos da área se interagirem e aprenderem sobre a importância de se trabalhar em equipe? Por que não?

3) Se seus amigos, por exemplo, estão passando por dificuldades no trabalho e você já passou pelas mesmas dificuldades, e deu a volta por cima.
WHAT IF...? E se você reunisse estes amigos e se encontrassem na sua casa, regado a guaraná e pão-de-queijo, para discutirem sobre essas coisas e passar o conhecimento pra frente? Por que não?

4) Seu tio tem uma pequena produção de bombons. Ele só sabe fazer bombons, produzí-los, mas você tem um conhecimento em administração de negócios, comunicação, marketing, ou qualquer tipo de conhecimento que possa contribuir com o negócio dele. E se você se comprometesse em dar uma ajuda no estilo Consultoria para seu tio, com o intuito de ajudá-lo, guiá-lo e mostrar as melhores alternativas e passos para gerir o negócio de uma forma prazerosa e que dê resultados?

Lamentavelmente, em muitas empresas essa indiferença aos problemas das outras pessoas é simplesmente considerado como algo comum. Diariamente, várias oportunidades de melhoria são criadas e muitas pessoas competentes, por preguiça ou por qualquer outro motivo, não o fazem. Não fazem a menor questão de ser catalizadores de relacionamentos, agilizadores de processos, ou propor formas de melhorar ou até mesmo solucionar problemas existentes. Eles simplesmente vão lá, executam o trabalho, recebem o dinheiro, voltam pra casa e dormem. O pior é que dormem tranquilos.

E se pudermos fazer alguma coisa que realmente faça a diferença? E se nós corrigíssemos o que está errado? E se ajudássemos nossos colegas com as dificuldades diárias no ambiente de trabalho? Por que não fazer isso? Por que não propor melhorias ao invés de esperar que algo aconteça. Por que não ser o agente que FAZ ACONTECER?

What if...? Why not? Make it happen!

27/11/2008 - Publicidade x Marketing x Design: Visão do filho da puta.



O atendimento chega para o diretor de arte e fala "Oi, tudo bem? Como está o humor hoje? Então, o Fulano do Hospital blablabla pediu para desenvolver um brinde para dar para os clientes vips". Sai da sala. O diretor de arte, que já fez algumas poucas peças para este cliente, olha para aquele imenso retângulo branco, olha para o atendimento que lhe deu as costas e saiu da sala. De repente o atendimento volta e fala "Ah, me esqueci. É pra amanhã ok? Beijinhos!". O diretor de arte faz uma agenda e uma arte (eu disse 'uma' não 'a' arte) e o diretor de criação vira e fala "Ow, ficou 'doidimais' véi!". O diretor de criação então, esgotado por ter saído da agência às 23h, ter chegado em casa a 1am e acordado às 6am para estar lá às 8am, envia as peças para o atendimento, que envia para o cliente, que aprova a peça e então é enviado aos clientes vips.

Como filho da puta que sou e sempre fui, o meu maior prazer é identificar falhas em processos e corrigí-los. Se são lentos, torná-los rápidos. Se são ineficazes, torná-los eficazes. Se são errados, torná-los certos. Sim, este é o papel de um filho da puta, mais precisamente EU. O maior inimigo do setor financeiro e do diretor da empresa que se refere à 'gargalo' utilizando erroneamente o termo 'gap'. Eu sou o filho da puta. Não corrijo pessoas, e sim processos. E faço isso BAMN (By any means necessary. Ridicularizando os termos utilizados em empresas como FYI 'For your information' ou outras babaquices como chamar os funcionários de colaboradores)

O que tem de errado na historinha que contei? Inicialmente nada. E vai continuar não tendo nada de errado, dependendo do ponto de vista. Se você é um diretor de arte, vai ficar puto porque vai ficar balançando a cabeça e falar "é isso mesmo que acontece! Tomar banho viu!?". O atendimento vai se sentir no direito de falar "Pô! O que que eu fiz de errado?". O diretor vai falar "ué, mas o trabalho foi feito". O cliente vai falar "ué, mas eu recebi um brinde e repassei para os meus consumidores VIPs". OK. ok. E o filho da PUTA do cara de marketing? Ele deve estar em um canto sentado na cadeira da sua sala, mordendo a tampa da caneta Bic colocada carinhosamente na bundinha da caneta para não perder, olhando para aquela agenda com os olhos fixos nas imagens e grafismos utilizados, e pensando: "Mas... o que isso tem a ver com o meu hospital?". O consumidor pega a agenda e diz "Hey! Ganhei um brinde lá do hospital. É uma agenda! Divanilde! Vem cá! Ta precisando de uma agenda? É 2009!".

BOOM! E então, toda a estratégia de marketing explode, como num atentado terrorista, matando milhares de pessoas. A imagem que tanto se custou a construir, evapora, e se restringe a um brinde que nem pro consumidor ficou, e sim, foi passado pra frente.

Drama? Exagero? Para nós do marketing e publicidade não.

Diariamente não medimos esforços para nos certificarmos de que estamos 1) criando o produto certo para o cliente, 2) comunicando de forma eficiente e eficaz para o cliente, 3) Garantir a entrega do produto ao consumidor e 4) Certificar de que ele amará meu produto mais que o fundador da empresa. (sim, isto é possível). A grande questão é que, se isso não estiver amarrado em todas as fases do processo de produção de um simples brinde, não causará o impacto necessário para fidelizar o cliente.

A questão que quero abordar aqui é que muitas das vezes as equipes não se interagem de uma forma que esteja claro para todos a importância do desenvolvimento das peças publicitárias, ou até mesmo das ações de marketing. Com a correria do dia-a-dia, acaba que o pensamento estratégico é deixado de lado e a produção e venda é feita de qualquer jeito, pois o que importa agora são as margens de lucro. Isso é errado.

Quando não se conhece o público para qual está sendo destinada tal peça, o que tende a acontecer é a criação de uma peça genérica, sem o grande fator predominante que é da customização. O cliente, ao ver a peça que poderia ter sido enviada para qualquer tipo de pessoa, de qualquer 'demografia', não vai sentir o mesmo impacto. Alguns profissionais ainda insistem no modelo antiquado de marketing que é de produzir e depois enfiar no cliente guela abaixo e ainda ter a audácia de dizer "Ta pegando o boi que ta ganhando". O pior é que isso acontece.

São poucas empresas que tem condições de pagar por pesquisas de mercado, aluguéis de salas espelho, ou contratação de moderadores, principalmente as empresas menores. O maior problema é que não existe sequer o interesse em se preocupar com o que o cliente realmente necessita. Se for uma empresa de serviços então, o problema triplica! O cliente não está sendo ouvido, não está sendo interpretado, não está sendo atendido da forma como ELE gostaria que fosse, e a empresa continua achando que o cliente está satisfeito, afinal, continua ligando para pedir os serviços.

Os diretores de agências de comunicação menores deveriam se conscientizar de que precisam ter um diferencial principalmente nos seus processos e equipes. As equipes que forem pouco experientes (ou sem nenhuma experiência), precisam ser acompanhadas e treinadas constantemente, visando o aumento na qualidade dos serviços e consequentemente no aprendizado rápido dos processos.

Infelizmente não é isso que tenho observado acontecer tanto nas micro empresas quanto nas pequenas agências. Estes novos funcionários são jogados na linha de produção (no melhor estilo 'Tempos Modernos') e ai deles se reclamarem. Estou falando tanto dos funcionários de micro empresas como de funcionários de agências de comunicação.

O que vejo então, no final, são peças genéricas, ações não alinhadas com os interesses da empresa, consumidores 'brindados' e o ciclo se recomeça.

Agora, vou escrever sobre a minha nova postura: WHAT IF...?

terça-feira, 25 de novembro de 2008

War without End!



Ah,quer saber? Eu vou é fazer é tudo mesmo! Essa guerra minha nunca vai ter fim!

♫ WAR WITHOUT END!
No remorse. No repent.
We don't care what it meant.
Another day. Another death.
Another sorrow. Another breath ♫

(No remorse - Metallica)

(P.s.: As vezes as músicas falam por mim. Ta bom, ta bom. TODAS as vezes)

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

5 days. 0 posts

Né?! Pois é. Não estou postando nada porque realmente não tem nada que esteja me atraindo muito a atenção.

Tenho lido algumas coisas tipo Claudia, Nova e Capricho para conhecer melhor o que as mulheres andam lendo, mas não vejo nada de tão diferente. São sempre os mesmos assuntos. Na NOVA é só putaria, fetiches, como deixar seu parceiro louco, coisas para ele ler, o poder das fantasias sexuais. A Claudia continua com as dicas de como acabar com a celulite, dicas de óculos, maquiagem, coisas pra nenem, e etc. A Capricho tem aquelas coisas de "use o que a celebridade está usando" e "veja que batom fulana usa" vendendo a marca e as celebridades.Tem o tal do Jonas Brothers que está fazendo a cabeça de um nicho bem específico (sem comentários).

Ou seja, cereja. Nada de novidade.

Ah, sim! Ontem eu li a matéria da IstoÉ. A revista está completamente voltada para os homens (logicamente), desde os anúncios, reportagens, reviews, etc. Tem partes voltadas para as mulheres também, principalmente a matéria da capa. Está bastante curiosa, mas sem novidades. Vale a pena dar uma conferida.Adoro quando os veículos se adaptam à matéria de capa. Fica engraçado.

No mais o serviço ta um saco, não posso fazer nada que presta, não quero ser pro ativo pois não compensa. Ninguém lançou estratégia inovadora, a subway abriu novas lojas, mas só mais um bando de bla bla bla. O dolar abriu com queda de 3%, depois pulou pra 4% e esta sendo cotado a R$2,38. Grandes merdas, porque continua uma merda. No Estado de Minas eles falam sobre uma pesquisa com jovens entrantes no mercado de trabalho e sobre a dificuldade de se conseguir o primerio emprego, sobre as expectativas com relação ao salário e carreira e blaaa blaa blaa, same old fuckn' shit that nobody has an answer.

A aula do Paulinho ta normal. Mesmo assunto das aulas passadas e coisas que eu estudo diariamente. Não aguentei e tive que comentar que eu precisava de uma aula extra que era de "Como convencer o seu chefe das coisas que ele precisa fazer". Meu comportamento é um pouco infantil, mas o boicote às coisas idiotas me faz rir. Ainda mais porque eu sou um bossal em treinamento, pago com merda para fazer o máximo possível. Bem capaz.

Ah, outro motivo por eu não estar postando é porque as vezes eu duvido muito do meu potencial para o marketing. Algumas coisas eu tenho certa repulsa, e não consigo entender. Essa é uma delas.

fuck it all. Who cares? Meu estômago ta colando nas costas...tchau.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

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Another pen+paper...God damn it...

Escrevo aqui porque twittar os momentos fica dificil. 150 caracteres não são nada. E certas coisas eu tenho que registrar, para depois ler novamente e rir dessa merda.

Eu fico impressionado com a negligência com a qual nós somos tratados. É impressionante. O pensamento desses "gestores" (se é que assim podemos chamá-los) é de se fazer o máximo de coisas tirando o máximo de proveito de tudo ao redor, pagando o mínimo ou quase nada. Isso inclui pessoas. Não máquinas, não carros, não robôs. Pessoas. Gerir pessoas não é cuidar do seu filho, sua filha, sua tia, seu avô doente ou a desgraça da sua empregada. Gerir pessoas é gerir funcionário que é tão sacana quanto ele, tem problemas igual a qualquer outra pessoa, e bla bla bla.

Pra mim, a definição de sacanagem é algo parecido com isso. Abusar das pessoas, sugar, sem a menor preocupação com o relacionamento interpessoal. Prejuízo pra ele? Talvez não. Para quem brinca de ter empresa e a trata como uma máquina de fazer dinheiro, então esse tipo de comportamento idiota fica como "normal".

Ele é o sacana que contrata pessoas, suga o máximo possível, faz de idiota, parte do pressuposto de que todos têm baixa instrução e por isso pode abusar que ninguém vai reparar. É do tipo que pega estagiário, paga um salariozinho de merda (Bolsa auxílio né? Filho da puta...) e quer que este tenha postura de um funcionário assalariado.

Que idiota...

Eu sou o filho da puta, sacana, que esse povo chama pra fazer estágio e que trabalha mais por prazer do que pela grana. Só não deixe transparecer pra esse cara que ele está sendo sugado. Eu não sou trouxa. Não nasci ontem. Não é meu primeiro contato com empresas. Já passei por empresas que até hoje morro de paixão por elas, porque ao invés de serem omissas aos funcionários e não serem transparentes com os problemas, buscando ajuda para solucionar estes problemas, elas agiam. Elas eram transparentes. Tava fudido? Falava que tava. O povo sabia que se a empresa se fudesse, todos afundaríamos. Então o que faziam? Uns pulavam do barco. Frouxos. Outros entravam em pânico. Outros arregaçavam as mangas e falavam "Problema o cacete. Vamos resolver essa porra agora!". Eu era um desses. Sempre pensando em solução. Não sou omisso aos problemas da organização e tenho um péssimo defeito: eu ODEIO problemas. Quando encontro algum problema, trato de resolvê-lo. Não procrastino. Não sou de postergar. Resolvo e pronto.

Se alguma coisa tem que ser mudada, e não é feita porque sabe que eu vou fazer "sem reclamar", então pode saber que vai dar merda. Eu? Fazer trabalho de funcionário sendo pago e reconhecido como estagiário? Sendo tratado como um qualquer? Aí não, colega... Isso não daprafazer. Isso não chega a ser sacanagem. Isso é burrice. Estupidez. Fazer isso com alguém que estuda organizações, ambiente corporativo, recursos humanos, processos organizacionais, marketing de relacionamento e endomarketing é o FIM DA PICADA!!!

Eu só queria trabalhar. Só isso. Se for pra coletar cocô de elefante, que seja. Vou ser o melhor catador de merda de elefantes que já se viu. Só não me faça de idiota e me mande fazer um trabalho que não é o meu. Não é uma questão de falta de pro-atividade, falta de empreendedorismo, falta de liderança, ou outros desses clichezinhos de merda que estão aí bombando no mundo corporativo, que são passados para vários gerentes, presidentes, mas que não fazem a menor questão de aplicar isso. (sem generalizar, claro)

Acho que a maior burrice de um chefe é se preocupar em arrumar funcionários, e não aliados. Tentam mascarar a filha-da-putice chamando os funcionários de "colaboradores". Colaborador o caralho! Quem colabora é ONG. Oferecemos a mão-de-obra seja ela física ou mental, e queremos algo em troca! Que seja o maldito SAL, mas é uma via de mão dupla! idiota! Colaborador... Colabore com a empresa, ajude, mas se você precisar de nossa colaboração ou ajuda, cortamos os custos e te damos um pé na bunda, uma vez que 1/3 dos gastos é com pessoal.

Não interessem como chamam os funcionários, só exigo respeito. É muita babaquice para uma pessoa só tratar as coisas dessa forma, totalmente alheia às próprias responsabilidades, irresponsável, antiético e desrespeitoso. Estou aqui agora para sugar o dinheiro e poder pagar meus estudos, porque se não fosse por isso eu já tinha kickado isso não pela empresa, mas pelo GESTOR DE MERDA! GESTOR........DE....... MERDA!!! Um bosta! Um fezes! Um coliforme fecal! UM MERDA! Sem atitude, sem garra, sem tesão pelo que faz. Só faz pra descolar o luxozinho de MEERDA que ele tem na vida. Infeliz mal amado. Que ódio!!!!!!!!!!

Enfim, meu amor pelo trabalho continua. Meu amor pelo marketing a cada dia que passa aumenta mais. Meu amor pela propaganda também. Meu amor pelo mundo corporativo aumenta diariamente.

São estas esperiências que me mostram como agir. Pior é ter que escutar "Fernando, seja omisso você também. Eu nem ligo mais. Finjo que estou escutando e problemas. Eu quero é o meu no fim do mês. Incompatibilidade de cultura! Então eu relevo. Faço o que ele quer e pronto." Será isso mesmo o mundo corporativo? Um Manda quem tem juízo obedece quem preza pelo emprego? Como ja disse anteriormente, se o mundo for realmente assim, eu to muito, muito fudido. Vou me fuder muito então nessa vida. E deve estar começando agora.

Eu só gostaria que as coisas funcionassem da maneira correta, ajudando uns aos outros e lutando para fazer uma empresa melhor. Com calculadora sim, mas com o coração também. Não é dificil. Não é pedir muito. Não nos engane. Pode enganar a eles, mas a mim não engana. Não sou idiota. Sei bem qual o jeito de explorar as pessoas e aqui você vai se fuder. Aqui eu não tenho medo. Se algo tem que ser feito, então VAI ser feito. Caso isso não aconteça, eu faço acontecer na marra. Tudo em prol de todos, desde o faxineiro até os acionistas.

Se é pra ser mau, então o troco está contado. Sete trombetas.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Focus Group: We made it!



10 donas-de-casa responsáveis pelas compras nos supermercados, casadas ou separadas, com filhos de qualquer idade, super simpáticas e sinceras. Este foi o perfil dos componentes do Focus Group realizado segunda-feira.

Como eu nunca havia realizado ou ao menos visto um focus group de uma pesquisa qualitativa (só a quanti), os resultados não poderiam ter sido mais surpreendentes. Durante todo o bate-papo na sala espelho, elas falaram, fizeram propostas, participaram de coração, colocaram suas vidas pra fora, deram conselhos umas para as outras, experimentaram produtos que nunca haviam experimentado antes, enfim, um sucesso.

Do outro lado da sala estavam eles, trades de 4 empresas famosas loucos por informações que pudessem direcionar suas ações nos PDVs. Para eles, mais uma reunião para coletar informações sobre um público específico. Para nós, era praticamente a realização de um sonho em ver os nossos consumidores ali, falando, dando opinião e nos mostrando os caminhos que deveríamos tomar.

Acredito que o mais importante nas pesquisas são o fato delas, na grande maioria das vezes, nos mostrar coisas que jurávamos que estavam certas, e estavam totalmente erradas. Posso dizer seguramente (e sem mistérios) que a questão da degustação me incomodou muito. Enquanto eu tinha a degustação como uma das estratégias mais interessantes de se promover um produto, lá estavam elas detonando os pobres promos.

"São pegajosos, chatos. Não sabem abordar uma pessoa direito!" - disse uma das entrevistadas. Muitas das vezes pensamos que só as promoções já bastam, quando na verdade, pequenos detalhes como o treinamento do pessoal podem fazer toda uma diferença na abordagem destes consumidores.

Após finalizado o focus, nos reunímos com o nosso "cliente" para saber de mais detalhes do projeto no qual ele estava interessado. Descobrimos várias coisas novas sobre o mercado dele e vimos que não é tão fácil quanto pensávamos que fosse. Agora é arregaçar as mangas e ir rumo aos supermercados para pesquisar sobre tudo, todos e mais um pouquinho sobre tudo. Back to the old times.

Valeu toda a sala pelo trabalho impecável, pelo comportamento durante todo o processo, dedicação, empenho e responsabilidade. O trabalhou ficou show!

Agora, que venham os relatórios.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Dia de SURTO! - Estudando o comportamento de compra dos clientes às 23h

Não poderia dar outro título à este post. Ontem eu simplesmente surtei e resolvi ir ao supermercado. Como já era 23h, resolvi ir no Extra Hipermercados 24h (claro) ali no Floresta.

Não me pergunte o que exatamente eu fui fazer lá, mas eu simplesmente surtei. Estava doido para poder ver como estavam organizados os produtos e pagar de ‘Paco Underhill’ e ficar observando pessoas. Tudo menos comprar produtos neh?!

No início eu estava só anotando alguns produtos que estavam nas pontas de gôndola e principalmente nas ilhas. Mas quando eu percebi que era muito fácil ficar espionando as pessoas fazerem compras, resolvi parar um pouquinho e estudar o que elas estavam fazendo.

Observei 4 pessoas. É pouco, mas eu estava só me divertindo. E acredite, eu me diverti horrores.

Aspectos gerais:

O Extra estava vazio, logicamente por causa do horário (23:00).

  • Número alto de casais de classe média entre 28 e 40 anos.
  • Muitos homens entre 28 e 50 anos fazendo compras sozinhos :-O Mas não estavam enchendo os carrinhos. Pareciam comprar somente o básico e algumas bobagens (tipo sorvete, snacks, etc.)
  • A diferença entre os carrinhos dos homens sozinhos e das mulheres sozinhas é absurdo. Enquanto o carrinho dos homens estava com 1/4 da capacidade e já se dirigiam ao caixa, a maioria das mulheres já estava com 3/4 e dava na cara que eram produtos quase que somente para elas e ainda continuavam rodando.
  • As mulheres se entopem de iogurtes. Uma moça que analisei comprou muito Activia, 2 tabletes com 6 unidades cada de iogurte Parmalat; Iogurtes Itambé com Mel, entre outros
Vou contar a análise de duas pessoas

Primeira Vítima (mua ha ha ha haaa)
  • Homem com +- 50 anos, sozinho, de camisa branca, bermuda, tênis, no melhor estilo "domingueiro".
  • Ele não fez o caminho estilo Zigue-Zague. Parecia já estar certo do que comprar e inclusive onde encontrar os produtos. Pode ser um morador que frequenta muito.
  • Abriu a geladeira e sacou um pote de sorvete Galak de R$11,70 sem dó. Não demorou 5 segundos entre ver, abrir a geladeira, pegar e colocar no carrinho.
  • Pegou duas Coca-Colas de 2L
  • Pegou um panetone Tommy que estava a mais de 1,90m de altura. Ele teve que se esticar todo para pegar. Notei que ele tinha preferência por produtos em oferta.
  • O cara surtou ao ver waffers em oferta da Aymoré. Escolheu, escolheu, pegou 5 pacotes do novo sabor WAFFER MIX - Chocolate & limão. Pegou também 4 pacotes do de morango. Todos estavam em oferta por R$1,19
  • Pegou 3 pacotes de batata Elma Chips. Tava na cara que ele ia usar como tira gosto.
  • Tinha mais algumas coisas no carrinho, mas não consegui ver direito.
  • Foi pro caixa. Pagou. Foi embora.
Segunda vítima (a mais engraçada)
  • Mulher, 1,60m, +-40 anos, vestida como se tivesse acabado de sair do trabalho (um terninho numa cor meio café com cocô de vaca)
  • Pegou um tablete de iogurte Parmalat, com 6 unidades. Olhou o preço mas não tocou em outros produtos.
  • Chegou no paredão da Activia. Olhou, olhou, olhou, saiu com o carrinho. Voltou, pegou o tablete com 4 unidades, olhou, olhou pra embalagem e colocou 2 tabletes no carrinho
  • Passou pelo corredor de bebidas inteiro olhando freneticamente para os dois lados sem parar. Deu a volta para ir para outra gôndola, mas voltou à gôndola de de bebidas.
  • Olhou para onde tinha umas cervejas pretas (não lembrei de olhar a marca), pegou duas latinhas. Olhou, olhou e olhou. DETALHE: Tinha uma coluna de Doritos como produto complementar bem a frente dela. Ela tocou no Doritos, olhou, mas soltou. Pegou mais 4 garrafas de cerveja preta e saiu.
  • Deu a volta no corredor, deu de cara com snacks. Passou pelo Doritos e não demorou 2 segundos para ela pegar o Doritos (que ja havia visto no corredor ao lado) e colocou logo 2 no carrinho.
  • Olha para os lados muito tentada, mas parece que alguma coisa a impede de comprar as coisas. Super ego ou Grana mesmo?!
  • Ela olha para o display do Bono. Olha, olha, olha, mas não levou nenhum.
  • Foi para o caixa. Faltava 1 pessoa para ser atendida, ela deu meia volta e voltou a fazer compras
  • Pegou 3 garrafas de Minaqua. Deixou umas 5 cairem no chão, derrubando outras 3 que estavam na parte de baixo. Ela constantemente pegava somente o que estava à altura de seus olhos.
  • Pegou duas caias de Sufresh. Voltou para o setor de bebidas. Deu mais uma volta na gôndola
  • Foi pro caixa. Pagou. Foi embora
Muito interessante. Eu queria muito saber como interpretar esses comportamentos. Por que ele comprou tal coisa e não comprou a outra? Mulheres ficam muito tentadas com TODOS os produtos. Homens definitivamente olham para frente, pouco para os lados, mas não param. As mulheres paravam, olhava, olhavam, olhavam, pegavam, pegavam, cheiravam, olhavam preço e depois ou levavam ou deixavam de volta no mesmo lugar.

Próximo post: Coca-Cola e Fino Grão: Os pontos de venda.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Consideração...


As empresas utilizam de propaganda e marketing para persuadir os consumidores a comprar o que eles não querem, portanto apelam para as mensagens subliminares e outras ferramentas controladoras do cérebro, tornando as pessoas endividadas e arruinando suas vidas.

Francamente...

Esta é somente uma das várias afirmativas que as pessoas fazem erroneamente sobre o trabalho que desenvolvemos. Mal sabem eles sobre a quantidade de pesquisas que são feitas para oferecer à sociedade soluções tangíveis.

Estou escrevendo isso após ler uma matéria onde um consumidor diz que a pirataria no Brasil (que deixou de arrecadar R$18 bi este ano por causa da pirataria), é culpa do governo. SIM! Segundo os consumidores, a culpa é do governo que não controla o comércio ilegal destas mercadorias.

Como se esta declaração já não fosse o bastante, estes consumidores culpam ainda as empresas e marcas, "por praticarem preços inacessíveis e, ao mesmo tempo, estimular o desejo de consumo em ações de Marketing e Publicidade".

Preços inacessíveis? Se fossem inacessíveis não venderíamos. Se não vendêssemos, não teríamos mercado, e será que eles acham mesmo que nós não pesquisamos mercado para analisar demanda, mas na verdade tiramos coelho da cartola e saímos gritando 'Ooolha o coelho mágico, só "dé reál"' na rua para quem quiser que compre?

A falta de instrução é uma arte. A ignorância torna os brutos impecáveis.

Lamentável.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

07-11-08 - Segmentação de mercado - HSM



Este artigo foi publicado no site da HSM no dia 04/11/2008. O artigo fala sobre a importância da segmentação de mercado. Não tem como estar mais perfeito.

A Era da Segmentação

Helena Dall Pizzol*

Todo mundo já sabe, ou quase todo mundo, que segmentar é preciso. E, aliás, é fundamental, mas saber somente já não basta. A aplicação desse conceito vem sendo explorada pela lei da oferta e da demanda. Arrisco-me a dizer que é muito mais pela demanda do que pela oferta. Mesmo assim, o que vejo é que os “ofertantes” ainda estão meio desorientados e sem saber pra onde ir e é justamente por isso que muitos “demandantes” continuam desatendidos.

Sim, é normal que o crescimento de mercado impulsione a demanda, mas o que me refiro aqui é que algumas necessidades, sejam elas específicas ou até mesmo de massa, muitas vezes não são atendidas porque a oferta não está presente e adequada o suficiente ao público demandante e no momento certo.

Quem imaginaria que uma empresa produtora de milhares de toneladas de papel e celulose se preocuparia em personalizar a relação comercial com os clientes de diferentes segmentos que atende? Afinal, papel é um produto tão elementar e cotidiano que dispensa qualquer estratégia de marketing segmentado. Engana-se quem ainda pensa assim...e o que dizer da gigante fábrica de refrigerantes que consegue interagir de forma segmentada com os seus milhões de consumidores de diferentes tribos de todo o mundo?

Nós mesmos, como consumidores B2B ou B2C somos exigentes. A proliferação de empresas que atuam em uma mesma área trouxe uma infinidade de escolhas ao consumidor e ele se cansou! Não sabe mais para onde olhar ou o que escolher e cansado de ver tantas ofertas, percebeu que a sua demanda é muito mais importante do que o número imensurável de comunicação que recebe.

Quem impõe hoje é nosso cliente e não ao contrário. As empresas não devem mais tomar decisões centradas no seu próprio umbigo, devem dar os ouvidos ao mercado porque do outro lado da tela, do rádio, da revista, do site ou do celular está um consumidor crítico que não se contenta em apenas comprar ofertas, Pode até ser que já nos demos conta da importância da segmentação, mas talvez não da forma mais adequada.

Percebe-se uma preocupação das empresas em organizar o banco de dados de clientes, coletar e atualizar um número substancial de informações nos pontos de contatos e até mesmo se comunicar permanentemente com seus clientes. E não há nada de errado nisso, o problema é que, na maioria das vezes, as novidades que são criadas não chegam para quem realmente interessa.

O que não faltam hoje em dia são ferramentas ou plataformas multicanais que permitem identificar e mapear o comportamento do consumidor para, a partir disso, atendermos ao cliente exatamente como ele quer ser atendido.

E, por que continuamos fazendo campanhas para um milhão de pessoas com retornos ínfimos (ou que às vezes nem podem ser mensurados) enquanto podemos segmentar a comunicação para uma base de 100 nomes com um aproveitamento muito maior?

Com toda certeza isso toma tempo dos profissionais de marketing, mas afinal este é o nosso papel: explorar as alternativas existentes e encontrar formatos bem-sucedidos de passar uma mensagem relevante, responsável e no timing do cliente.

Para finalizar, seja em campanhas de mídia online ou impressa, todos sabemos que na era da segmentação quem souber aplicar, e não apenas souber, terá mais chances de garantir participação no mercado em que atua. Afinal, se o cliente não ficar, será que você fica?

04/11/2008
Pizzol, Helena Dall

Helena Dall Pizzol - É Gerente de Marketing e Serviços da Direkt, uma das principais empresas de marketing direto do país. E-mail: helena.pizzol@direkt.com.br

06/11/08 - Dove Summer Tune




Cansado de ser chamado de leite azedo, lagartixa, branquelo ou ratinho de laboratório? Seus problemas "se acabaram-se"!!!

Lançamento bacana da Dove e adequado aos dois tipo de pele: de pele branca a morena clara e morena clara a morena escura. Interessante a adaptação do produto ao tom de pele de ninguém menos que nossas brasileiras, né?! Estava passando da hora de pararem de ficar mostrando as branquela européias que são minoria aqui no nosso Brasil.

A Dove está ensinando as consumidoras a usar o bronzeador Dove Summer Tone no ponto-de-venda. Com um investimento de R$ 950 mil, a ação contará com promotoras em supermercados e na rede Lojas Americanas ensinando os passos necessários para se aplicar corretamente a loção.

Vai um bronze aí?

06/11/08 - Comprovado: NÓS CONSUMIMOS MARCA



Não adianta chorar o leite derramado. É fato comprovado. Nós consumimos marcas, e não produtos.

Ontem na aula de Gestão de marcas e produtos (branding), Glauco Assis realizou a dinâmica que tanto esperávamos: a degustação dos produtos para comprovar sua teoria de que mais de 50% da turma não iria diferenciar um produto do outro. E foi fato.

Apesar de muitos colegas (vergonhosamente) terem ido embora antes mesmo da dinâmica começar, degustamos os produtos (eu inclusive), e esta rendeu, além do excelente clima descontraído e divertido na sala, uma experiência contagiante e comprobatória da teoria e da prática.

Botamos pra brigar os alguns produtos como:
  • Coca-Cola X Pepsi
  • Refrigerantes sabor cola (Schin, Coca, Coca Zero, Coca Light, Pepsi)
  • Suco Mais X Suco Goody (carinhosamente chamados de "Soma X Godoy)
  • Yakult X Chamyto
  • Chambinho X Danoninho
  • Kuat Zero X Guaraná Zero
  • Wafer Bauducco X Wafer Aymoré
  • Bombom Serenata de Amor X Bombom Sonho de Valsa
  • Chocolate ao leite Garoto X Chocolate ao leite Nestlé
  • 2 águas de coco que não lembro o nome
  • Duas águas que eu também não lembro o nome
  • Biscoito Agua e Sal X Cream Cracker (ambos da Aymoré)
  • ...entre outros


O resultado foi sensacional. Confundiram Coca-Cola com Pepsi, detestaram os sucos Goody, o Toddynho do Nescau, os bombons Serenata de Amor com Sonho de Valsa. Confundiram vários. O índice de acerto podemos dizer que foi de 25%.

O que pudemos comprovar é que muitas das vezes o trabalho de gestão da marca é tão bem feito, que pagamos caro por uma marca cujo produto tem as mesmas características dos produtos da concorrência, muitas vezes com diferenças de preço de quase 100%.

Deixando bem claro, não é uma questão de "enganar o consumidor" que muitas pessoas pensam. É importante ressaltar que em uma era onde os produtos estão ficando cada dia "comoditizados", ou seja, completamente parecidos, a necessidade de se investir em diferenciais é simplesmente uma questão de sobrevivência da marca no mercado. Não enganamos os consumidores e fazemos com que eles paguem um preço injusto pelo determinado produto. Alguns produtos são mais bem acabados, que envolvem custos de produção diferentes, e isso agrega valor ao produto de tal forma que é percebido pelo cliente e portanto neutralizam muitas das vezes o fator preço e as ações da concorrência. Mas depois faço um posto só sobre isso.

Compartilho da mesma teoria de Porter: as barreiras de entrada de novas marcas no mercado muitas vezes são provocada pelos próprios entrantes, uma vez que não investem na marca. Entendamos marca como "nome diferenciado, um símbolo (tal como um logotipo, ou desenho de embalagem) e/ou um apelo destinado a identificar bens e serviços de um vendedor ou grupo de vendedores, sinalizando a procedência do produto/serviço, protegendo-o e diferenciando-o do concorrente similar". Em síntese, é tudo o que envolve o produto em si (insumos, qualidades, benefícios) e o sua extensão (conceito, abordagem, identificação com o público, apelo).

Revi meu conceito sobre vários produtos. Uns mais consumidos que os outros, mas uma coisa ficou clara: nós não consumimos produtos, e sim MARCAS.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

06/11/08 - Kit Café 3 Corações: Marketing de Relacionamento / Promocional

Participei da promoção "Inverno perfeito", promovida pelo Café 3 Corações. O processo foi bem interessante, por isso resolvi fazer o podcast e depois o video do kit que eu ganhei. Achei necessário gravar para vocês verem como simples premiações, baratas e fáceis, fazem toda uma diferença. A credibilidade vai lá em cima, a confiança também, e acaba tornando a compra de café, neste caso, quase automática.

Confiram o PODCAST aqui. Tem 5 minutos mas eu conto o que aconteceu de "diferente". Não reparem na minha voz, afinal agora são 01:29 da manhã e tenho quase que sussurrrar para não acordar o povo aqui.


e o vídeo do kit.


Valeu Café 3 Corações!!! Ta na web com 'two thumbs up'!
Espero que gostem e perdoem pela qualidade do vídeo, mas estou juntando uma grana pra comprar uma filmadora.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

05/11/08 - Categorias de inovação: curva ou escada? Fases ou batalhas?


Durante toda a apresentação do Kenji hoje (que foi excelente, diga-se de passagem) fiquei imaginando uma série de coisas. Tinha uma série de perguntas, curiosidades mas preferi ficar quieto para não atrapalhar o grupo.

Analisando a curva formada pelas compras efetuadas por diferentes consumidores em diferentes intervalos de tempo, observa-se que há relação direta com o próprio ciclo de vida do produto.

E daí que minha teoria é que estas etapas não devem ser encaradas simplesmente como um processo natural e sim etapas são extremamente desafiadoras e precisam ser VENCIDAS. Acredito que não deva ser encarado como simples fases do processo de introdução de um novo produto no mercado, mas como batalhas de vida ou morte.

Para nós que trabalhamos com marketing (seja produto ou serviço), temos que ficar atentos principalmente aos diferenciais que podemos obter e analisar ao máximo as possíveis reações de todos estes "targets", e não ir remediando a cada impasse que se tenha com cada etapa. É importante que consigamos trazer o máximo de consumidores possíveis para o campo dos Early Adopters/majority, simplesmente pelo fato de podermos identificar a tempo possíveis falhas nos nossos produtos, fazendo com que possamos reagir e combater os problemas a tempo e proporcionar maior vida longa ao produto.

Case próprio. Eu particularmente sou uma pessoa muito cética para consumos. O que define uma boa compra pra mim são os benefícios, utilidade e durabilidade dos produtos e, se possível, tudo isso para um médio prazo, e depois a marca. Esperei o tal do iPhone sair mas, ao invés de ficar escutando as propagandas, estava pensando:
- "Estranho... O iPhone ta aqui e... cade a Motorola, Nokia, Sansumg, Sony, Erickson, LG? Saíram assustadas? Não! Estavam sob sangue, suor e lágrimas criando um modelo de celular que cumpriesse todas as premissas, como o iPhone. Então, vamos esperar". Não deu uma semana para o G1 sair, o LG, a Samsung, o Nokia Tube e, por fim (será?), meu glorioso Blackberry Storm.

Ou seja, apesar da estratégia de negócio seja não lançar os produtos extremamente completos, para não impossibilitar a evolução e possíveis diferenciações para quando a concorrência estiver copiado o produto inteiro, mas de pensar principalmente no final, no target da ponta que são os que talvez nem comprem ou vão esperar o 'hype' passar para comprar, pois estes podem vir a ser os early adopters e se forem bem trabalhados, se transformam em heavy users.

Agora eu vou dormir porque eu já não sei nem o que estou escrevendo.

hugs!

05/11/08 - Subculturas de Idade



Trabalho finalizado. 67 slides com explicações, fotos e alguns cases. Evidentemente que foram feitos para servirem de referência.

Com certeza o aproveitamento com esse estudo foi de 100%, ainda mais se tratando de algo tão próximo de nós que são as 4 gerações.

Divirtam-se clicando aqui. Está disponível para download (claro neh). Coloquei um embeded aqui embaixo só pra "canja" do issuu.com



obs.:

05/11/08 - Não acontece todos os dias

Não me considero um bloggeiro nato, tampouco um web 2.0 uau puxa geek lord supremo da globalização tecnológica inshalá muito "ôro", mas eu sempre gosto de contribuir no que for possível com os outros, de uma forma geral.

O melhor é quando eles recebem as sugestões, respondem e ainda usam. Fico besta *>*

Pra galera do CQC (Custe o que Custar. Todas as segundas às 22:30 nda BAND)


Pro Antônio Tabet, Kibeloco.com.br (de segunda a segunda, qualquer hora do dia :P)

terça-feira, 4 de novembro de 2008

04/11/08 - Sem comentários



"Apesar da crise, a Diageo anuncia que não irá rever metas para 2009, no Brasil. A marca com quase 250 anos já enfrentou duas guerras mundiais, a quebra da bolsa nos EUA em 1929, a criação de alguns países, o desaparecimento de outros, o surgimento da luz elétrica e muitos outros fatos marcantes. "Não é essa crise de agora que irá mexer com os nossos negócios", diz Paul Walsh, CEO mundial da Diageo."

Eu imagino como foi a reunião. O CEO, depois de apresentar o plano de negócios, ao lado, claro, do gerente de marketing, diz:
- Alguma pergunta? Comentário? Alguém quer acrescentar algumam coisa?
(lá na última carteira, à esquerda, está o gerente financeiro suando feito tampa de marmita, enxugando com o lenço de algodão egípcio)

Como diz o Fred: "Chorei..."

04/11/08 - Skol lança "Litrão"


"Depois de chegar ao sul de Minas Gerais, Triângulo Mineiro, Paraná, Santa Catarina e interior de São Paulo, a novidade estréia nos pontos-de-venda do Rio de Janeiro e de São Paulo nesta semana"


Sim!!! Anos depois volto a postar no blog. A verdade é que eu estou completamente travado por causa da apresentação de Pesquisa de mercado e Comportamento do consumidor, mais o texto MARCA de Branding. Me perdoem :)

É no mínimo curioso uma notícia dessas. Tanto se fala em beber com moderação e acabam de lançar 400ml A MAIS de cerveja. Acho que é pra quando o guardinha parar, os bebuns irresponsáveis falarem "Pô Seu Guarda, mas foi só uma garrafinha". Isto-é-uma-vergonha (no melhor estilo Bóris Casoy)

Mas não vou tirar o mérito da Carolina Faria, gerente de inovações da marca. Tanto a inovação quanto à adequação do produto à realidade do mercado foi uma jogada espetacular. Por que ninguém fez isso antes? Tenho que reconhecer que assim como a Coca-Cola fez com a pet 3L, voltada para o consumo familiar, a Skol acertou de vez.

Mas com essa notícia vieram alguns questionamentos.

1) Tanto se fala em beber com moderação, e agora oferecem mais 400ml de cerveja, ou seja, tornando mais acessível o consumo de mais cerveja com menos esforço?!
2) Estas garrafas de 1L vão chegar aos bares ou vão se concentrar nos hipermercados?
3) Será que a moda vai pegar e vão aumentar também o tamanho do cigarro?

Eu não bebo e não fumo. Particularmente me preocupo é com nossos filhos que, apesar de eu não ter ainda, estarão sendo bombardeados por propagandas mostrando lifestyles praticamente inatingíveis tendo em vista a realidade na qual estamos inseridos. E o pior, vou gastar muito para manter o meu filho o mais longe possível dessa cultura de meia dúzia de beberrões irresponsáveis, prostitutos e viciados em cigarros, tudo em busca da aceitação social. Felizes os que sabem beber de forma moderada e responsável. Os que fumam.... bem... se é que existe consumo moderado, deveriam parar.

Bela jogada da Skol. Ao vencedor, as garrafas!