quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

10/12/2008 - Just a lot of bullshit that doesn't work in the real life.



Não é de hoje que as pessoas estão com dificuldades para arrumar um bom emprego para arrumar suas vidas. Num mundo de constantes mudanças e se adaptando à novas economias, não é de se admirar que, num momento de crise como esse, quem está do lado de fora, ruge feito um leão querendo entrar, e quem está lá dentro, morre de medo de sair.

Como arma para serem mais valorizados, muitos profissionais investem pesado nas especializações como pós graduação, mestrados, doutorados, entre outros. Dessa forma, os profissionais tentam criar uma espécie de 'blindagem' aos perigos que o mundo está oferecendo, afinal, eles não querem sair de seus empregos, pois faz parte da capacitação e do currículo profissional. O que vemos então são várias faculdades oferecendo as mais diversas especializações, focando em um consumidor que paga o que for para se capacitar e 'ter estudo'.

O investimento em um curso destes é de cerca de aproximadamente R$10.000. Isto significa que você está pagando caro para se capacitar e consequentemente conquistar um bom posto, ter um bom salário e maior estabilidade financeira. Mas até que ponto vale a pena investir num curso, sabendo que não é certo que este vai lhe dar o tão esperado retorno, causando uma enorme frustração no consumidor do serviço?

Para mim a resposta é muito simples. De nada adianta você fazer um curso pensando em ler diversos livros, artigos, etc, sendo que você mesmo não consegue aplicar nem 5% dos conhecimentos. O que vai acontecer é que você vai ficar uma bomba de informações que, com o passar do tempo e a falta de uso, vai caindo no esquecimento (principalmente as ferramentas) e então você acaba defendendo que "experiência você só consegue é ali, no campo de batalha".

Muitas pessoas reclamam de seus trabalhos: que não acontece isso, não acontece aquilo, poderia ter isso e poderia ter aquilo. Depois de bons tempos fazendo estágio, uma coisa que eu percebi é que 1) eu tenho um sério problema. 2) meu problema é que eu detesto problemas, ou seja, quando eu identifico um problema, eu tenho uma necessidade quase fisiológica de resolvê-lo, independente de qual seja. 3) Esse tipo de postura me fez ser deficiente mental e atrevido o suficiete para, ao identificar um problema, agilizar e mobilizar pessoas para resolver, independente do cargo, salário, cor, raça ou do nível hierárquico. Aí é que eu vejo mais problemas. A maioria das pessoas acha que liderança é algo somente para os gestores, ou quando muito para os diretores executivos. Grande bobagem. Líderes somos todos nós, unidos pelo bem maior de nossa existência que é oferecer o melhor para o nosso Cliente. Tomar uma postura para resolver um problema não é pra qualquer um, afinal, uma coisa é você não gostar de problemas e tentar resolvê-lo, a outra é vocÊ não gostar de problemas e achar que não é com você.

Então eu escuto algo do tipo: "Você é louco? Eu não aprendi nada naquele curso. Um monte de bla bla bla irreais que não se aplicam no mundo real, pelo menos não no meu. Você acha que está bom porque está deslumbrado com o curso. Pra você que veio do zero, tudo é novidade, mas para nós que já vivemos na área, sabemos que não é assim. Não é assim de ficar criando coisas, e ir aplicando coisas pra fazer a máquina funcionar não. Existem hierarquias, existem processos, e tem empresa que te da abertura ou não pra fazer essas coisas." POW! É aí que o demente aqui entra.

Em uma excelente amostra de total ausência de noção, eu tive a oportunidade de falar uma frase do tipo "Então você não vai aprovar isso? Interessante isso. Eu aqui trabalhando para agilizar processos, inovar em várias coisas e capacitar o pessoal de forma a diminuir custos, tudo isso para colocar dinheiro no SEU bolso, e você mesmo assim não concorda. Isso é loucura!". Sim. Eu disse isso para o meu chefe há uns meses atrás. Se tratava da implantação de um website, sistema de newsletter, controle de clientes ativos e inativos, programa de relacionamento com novos clientes e confirmação de entrega. Todas essas coisas eu vi na aula, citadas em cases de diferenciação de serviço e neutralização do fator preço. Quando se trabalha com serviços, o processo deve ser trabalhado de forma a diminuir o custo, aumentar a qualidade e a agilidade do serviço, para então o cara pagar mais reais por determinado serviço. Isso é entregar valor ao cliente.

Então, sabendo destas ferramentas dadas na aula, e do meu nível de estagiário burro e da postura do meu digníssimo inteligente patrão, o que eu deveria ter feito é abaixar a cabeça, respeitar a hierarquia e ter ficado quieto, obedecendo à ordem.

Abaixar a cabeça é o car*lho.

Sabendo que as ferramentas e ações trariam resultados CERTOS para a empresa, não perdi tempo e dei um jeitinho bem meu de fazer acontecer. Simplesmente.....fazendo acontecer.
Peguei o que eu sabia e implantei os processos. O resultado foi o aumento significativo de novos clientes, o indice de satisfação com o sistema de confirmação de entrega foi de 100%, o website está com um índice de acessos que só cresce, o número de cadastrados na newsletter aumenta semanalmente. E o faturamento? O faturamento cresceu nada menos que 43,69%. Se você colocar que uma empresa fatura, vamos supor, 10.000 reais por mês, este mês ela faturou R$14.369,00. E quanto que teve de custo? ZERO. Por que? Porque um demente foi lá e implantou alguns processos que foram aprendidos dentro de sala, mais um pouquinho de conhecimento adquirido ao longo desses anos, mais a falta de noção e POW, ta feita a mágica.

Mágica? Poderia até ser se meu sobrenome fosse Blane, mas é uma coisa normal.

O que estou querendo chamar atenção aqui é as pessoas devem procurar ao máximo aplicar os conhecimentos obtidos no intuito de resolver problemas ou até mesmo de propor novos processos, treinamentos, ou qualquer coisa que capacite as pessoas, gere lucro para a empresa que que faça com que esta pessoa cresça profissionalmente. O que eu vejo são pessoas que reclamam de problemas, mas elas mesmas não são competentes o suficiente para mostrar soluções para os problemas. Como já diria um grande qualquer coisa da vida: "Se não existe solução para o problema, não há problema". E pronto.

A partir do momento que as pessoas pararem de ter preguiça e começarem a propor soluções para os problemas que elas mesmas enfrentam, seja baseado em ensinamentos 'by the book' ou de experiências pragmáticas, o mundo será bem diferente.

O segredo é se mexer. I like you move it, move it! I like you move it, move it!

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