quarta-feira, 5 de novembro de 2008

05/11/08 - Categorias de inovação: curva ou escada? Fases ou batalhas?


Durante toda a apresentação do Kenji hoje (que foi excelente, diga-se de passagem) fiquei imaginando uma série de coisas. Tinha uma série de perguntas, curiosidades mas preferi ficar quieto para não atrapalhar o grupo.

Analisando a curva formada pelas compras efetuadas por diferentes consumidores em diferentes intervalos de tempo, observa-se que há relação direta com o próprio ciclo de vida do produto.

E daí que minha teoria é que estas etapas não devem ser encaradas simplesmente como um processo natural e sim etapas são extremamente desafiadoras e precisam ser VENCIDAS. Acredito que não deva ser encarado como simples fases do processo de introdução de um novo produto no mercado, mas como batalhas de vida ou morte.

Para nós que trabalhamos com marketing (seja produto ou serviço), temos que ficar atentos principalmente aos diferenciais que podemos obter e analisar ao máximo as possíveis reações de todos estes "targets", e não ir remediando a cada impasse que se tenha com cada etapa. É importante que consigamos trazer o máximo de consumidores possíveis para o campo dos Early Adopters/majority, simplesmente pelo fato de podermos identificar a tempo possíveis falhas nos nossos produtos, fazendo com que possamos reagir e combater os problemas a tempo e proporcionar maior vida longa ao produto.

Case próprio. Eu particularmente sou uma pessoa muito cética para consumos. O que define uma boa compra pra mim são os benefícios, utilidade e durabilidade dos produtos e, se possível, tudo isso para um médio prazo, e depois a marca. Esperei o tal do iPhone sair mas, ao invés de ficar escutando as propagandas, estava pensando:
- "Estranho... O iPhone ta aqui e... cade a Motorola, Nokia, Sansumg, Sony, Erickson, LG? Saíram assustadas? Não! Estavam sob sangue, suor e lágrimas criando um modelo de celular que cumpriesse todas as premissas, como o iPhone. Então, vamos esperar". Não deu uma semana para o G1 sair, o LG, a Samsung, o Nokia Tube e, por fim (será?), meu glorioso Blackberry Storm.

Ou seja, apesar da estratégia de negócio seja não lançar os produtos extremamente completos, para não impossibilitar a evolução e possíveis diferenciações para quando a concorrência estiver copiado o produto inteiro, mas de pensar principalmente no final, no target da ponta que são os que talvez nem comprem ou vão esperar o 'hype' passar para comprar, pois estes podem vir a ser os early adopters e se forem bem trabalhados, se transformam em heavy users.

Agora eu vou dormir porque eu já não sei nem o que estou escrevendo.

hugs!

2 comentários:

shikida disse...

vou preparar um post caprichado sobre isso ;-)

mas até lá, vou deixar um nugget prá vc. Imagine, em termos de posicionamento, que o que muita empresa busca é ser o peixe grande do aquário pequeno.

isso significa conquistar uma fatia específica do mercado onde vc atende esse pessoal muito bem.

agora imagine que para ampliar seu mercado, vc precisa começar a atender muito bem um mercado completamente diferente, e ao mesmo tempo, não pode desagradar a fatia que vc já domina.

isso, claro, sem a capacidade de simplesmente duplicar sua empresa para fazer isso ;-)

Paiva disse...

Logicamente que não existe uma resposta pronta, pois as variáveis a serem analisadas são cruéis e exigem muita pesquisa antes.

Mas colocando prioridade na ordem dos raciocínios, eu pensaria primeiro na quantidade de diferenciais que se deve ter para entrar em novos mercados. Eu estou para fazer uma apresentação para falar exatamente sobre a dificuldade de novos entrantes na indústria(mercado), fazendo um comparativo com as hienas ao tentar roubar a presa recém abatida dos leões.

The question is: vale a pena arriscar a vida para conseguir um pedaço que outro ja tem em seu poder, ou diferenciar-se de tal forma que torne a concorrência "dispensável". Quais diferenciais são cruciais para, no mínimo, o mercado olhar para nós e até que ponto vamos mordiscando as beiradinhas, devagar, para não tomar uma patada?

stand by. hugs!