quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Então aconteceu

Então em junho eu apareci no jornal, em uma matéria que falava sobre jovens profissionais que deixavam as empresas grandes para irem trabalhar em empresas menores. Por que? Segundo o babaca aqui, "porque tinha melhores oportunidades de crescimento, não tinha muita burocracia e a empresa menor tinha mais condições de realizar as coisas porque não havia burocracia inútil". É mesmo? Jura? Grande estupidez.

Trabalhando em uma empresa pequena eu realmente vi que você pode planejar o que você quiser. Pode propor o que bem entender e todos dão o maior apoio para as suas ideias. Mas a certeza é uma só: Você não vai fazer porra nenhuma. Lógico que você vai fazer as coisas mais baratas, mas sabe aquelas ideias mirabolantes que você jurava que iriam jogar a empresa lá em cima? Não, isso você não vai fazer.

Seis meses depois de iniciado o trabalho na empresa pequena, recebo uma ligação pra ir trabalhar como Analista de Marketing Jr. na Coca-Cola. Eu não pensei duas vezes. Mas e a questão de levantar a bandeira falando que trabalhar em empresa grande é ruim e trabalhar em empresa pequena é legal?

 Bom, vamos por partes. É uma questão de pensar no seu objetivo de vida. Quando você vai para uma empresa pequena você quer aprender, certo? E quer ter oportunidade de realizar várias coisas, certo? E então gerar resultados para a empresa, certo? E qual é o objetivo nisso tudo? É poder ter um cargo bacana, com um salário legal em uma empresa bacana, certo? Então, a questão é que essa fase do processo chegou!

A diferença de pensamento é que eu não luto mais contra o sistema. Não fico perdendo o meu tempo reclamando da gestão, que deveria ser desse ou daquele jeito. É pura perda de tempo. Sabe aquele cachorro acorrentado que fica latindo. Você passa perto dele e diz: "Deixe ele latir. Está acorrentado". As pessoas não tem medo. É assim no ambiente empresarial também. Nós podemos latir, fazer cara de bravo, não importa. Eles vão passar tranquilos.

Vamos entender agora o que é entender e aceitar o sistema. É uma questão muito simples: você é uma peça de xadrez cujos movimentos são limitados. Você não pode correr, mas também não deve ficar parado. Existe uma mão invisível que vai te movimentando e você tem duas opções: resistir, fincar o pé no chão e lutar contra a mão; ou ter paciência, resiliência, entender do processo e então se movimentar de acordo com o que a mão está fazendo. É a mesma coisa. A empresa tem objetivos e vai movimentando seus funcionários de acordo com esses objetivos. Se for por bem mexer no seu salário, no seu cargo e nas suas atividades, eles farão isso. Se não for, eles simplesmente não farão. É um jogo e você tem que aprender a jogar. Não adiantar queimar as etapas.

Logicamente que eu vou criar um blog para contar das experiências no novo trampo. Vamos ver o que vai rolar. Primeiro de Setembro nos aguarda.

Abs,

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